As
escolas cívico-militares são instituições em que se busca excelência no ensino
com a presença de militares da reserva das Forças Armadas. Eles atuarão como
monitores para auxiliar na gestão educacional. A organização
didático-pedagógica, assim como financeira, fica por conta dos civis.
O
Ministério da Educação (MEC) tem o plano de implantar 108 novas escolas
cívico-militares no país até 2023. O projeto, que faz parte do Compromisso Nacional pela Educação Básica, visa a
um avanço na qualidade educacional com base no sucesso já observado nas escolas
militares funcionamento no Brasil — as instituições têm Índice de
Desenvolvimento de Educação Básica superior ao das civis — 6,99, ante 4,94.
A
implementação do modelo depende de demanda das secretarias de Educação. Elas
devem manifestar o interesse junto ao MEC e apontar quais escolas poderiam
receber o modelo de ensino.
Gestão – Segundo o subsecretário de Fomento às
Escolas Cívico-Militares (Secim) Aroldo Ribeiro Cursino, o compromisso de
implantar mais escolas cívico-militares está firmado em um tripé de gestão:
administrativa, educacional e didático-pedagógica.
“A
educacional é a parte de comportamento e atitude do aluno. Para isso, será
criado um corpo de monitores, militares da reserva das Forças Armadas que
tenham experiência na área educacional do Exército”, explica. “O trabalho
desses monitores não será policial. Eles vão trabalhar com o aluno a questão do
comportamento adequado, como a não prática do bullying com o colega, atitudes
contrárias a vícios, contrárias à violência, ou seja, permitir que o aluno
tenha um ambiente propício, adequado e seguro para poder aprender melhor”, diz.
Os
professores civis são os responsáveis pela gestão da organização didático-pedagógica,
assim como a financeira. “O que ocorrerá é um ajuste no processo, quando
poderemos trabalhar com o docente ou com o diretor da escola uma melhor maneira
ou metodologia para a transmissão do conhecimento”, ressalta Cursino.
As
mudanças de uma escola civil para uma cívico-militar serão sutis, mas
suficientes para se alcançar a excelência observada em modelos semelhantes.
“Nada mais é do que um colégio limpo, pintado e com uma estrutura para atender
às necessidades didático-pedagógicas”, pontua o subsecretário. “A parte do
uniforme vamos apenas sugerir as peças de roupa”.
Orçamento – A estimativa é de que o
custo anual, por escola, seja de R$ 1 milhão. O MEC deve repassar parte do
orçamento das escolas cívico-militares ao Ministério da Defesa, que vai destacar
cerca de 20 militares para cada mil alunos em uma escola.
Transição – Os
militares que serão destacados para atender à demanda da escola com novo modelo
precisa se ambientar, assim como os docentes e diretores. Para isso, a
subsecretaria vai realizar cursos para adequar o colégio ao projeto.
Adequação – O Brasil conta hoje com 203
escolas cívico-militares. Esses modelos, no entanto, foram criados por cada
estado, a sua maneira. Cursino destaca que o objetivo é padronizá-las ao jeito
do MEC.
Fonte: http://portal.mec.gov.br
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