ETA CURIOSIDADE!: O Surgimento da Filosofia Medieval

quarta-feira, 8 de agosto de 2018

O Surgimento da Filosofia Medieval



“Aquilo que a verdade descobrir não pode contrariar aos livros sagrados, quer do Antigo quer do Novo Testamento.” (Santo Agostinho) 
Imagem: Google.
A Filosofia Medieval surge com a Patrística, Filosofia dos padres da Igreja, no século II d.C., período em que há o declínio do Império Romano, e, ao mesmo tempo, a expansão do Cristianismo. Como a religião cristã é uma religião essencialmente missionária, isto é, tem como propósito a cristianização, a pregação das Sagradas Escrituras, os clérigos criaram a Apologética, a saber, a apologia ao Cristianismo. Para tanto recorreram à Filosofia platônica e acabaram por produzir uma síntese entre a Filosofia platônica e a doutrina cristã.
O principal nome da Patrística foi Santo Agostinho. Se utilizando da Filosofia Platônica, Santo Agostinho traça o seguinte paralelo: o mundo das ideias, exprime a perfeição e seria equivalente às ideias divinas, que exprimem a verdade; e o mundo sensível, cópia imperfeita do mundo inteligível e seria equivalente às ideias mundanas, que são as opiniões.
Se, para Platão, o Sol ilumina a ideia de Bem, para Santo Agostinho, Deus ilumina as verdades eternas. Segundo a teoria de iluminação de Santo Agostinho, o homem recebe de Deus o conhecimento das verdades eternas: tal como o Sol, Deus ilumina a razão e torna possível o pensar correto. Neste ponto, podemos perguntar se qualquer homem terá a sua razão iluminada por Deus.
Certamente não, mas somente aquele que crê, que tem fé. Assim podemos entender a expressão agostiniana: “Credo ut intelligam (Creio para que possa entender).” Desse modo, a razão é considerada auxiliar da fé e a ela subordinada.
Em suma, do século II ao século IX, a chamada Alta Idade Média, foi o período em que predominou a Patrística: os padres da Igreja retomavam a cultura antiga de modo a adequar o conhecimento até então produzido às verdades teológica. Do século X ao século XIV, a chamada Baixa Idade Média, temos a Escolástica: que é a Filosofia cristã propriamente dita, já que a Filosofia do período patrístico era a Filosofia denominada greco-romana, ou Filosofia da Antiguidade tardia.
De modo geral, podemos dizer que, apesar da razão ser considerada “serva da Teologia”, no século XI, com o renascimento urbano, surgem diversas universidades por toda a Europa. Nos debates filosóficos, a razão parece ganhar certa autonomia.
Portanto, nesse momento, a Filosofia de Aristóteles, que antes era vista com desconfiança, tida como perigosa para a fé, é retomada por São Tomás de Aquino. Este, por sua vez, procura adaptar tal Filosofia à Escolástica, criando o que passou a ser conhecido como Filosofia Aristotélico-Tomista. São Tomás de Aquino escreveu a Suma teológica, na qual as questões de fé são abordadas pela “luz da razão” e a Filosofia como o instrumento que auxilia o trabalho da Teologia.

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