ETA CURIOSIDADE!: Racionalidade e Liberdade Humana

segunda-feira, 13 de agosto de 2018

Racionalidade e Liberdade Humana



Aristóteles, em suas análises, caracterizou os seres humanos como sendo seres racionais, ou seja, que falam e agem de acordo com o que pensam. O filosofo concebeu a dimensão anímica ou psíquica (psique=alma) dos humanos como um composto de duas partes: uma racional por expressar-se pela atividade filosófica e matemática e outra privada de razão, por conta de seus elementos vegetativos e apetitivos. Essa analise realizada por Aristóteles permitiu uma hierarquização dos seres vivos.
De acordo com essa dimensão humana que Aristóteles descreve, a parte da alma privada de razão nos iguala a todos os outros animais movidos pelos instintos primários como a sede, a fome, o sono e a reprodução. Somos, portanto, guiados pela necessidade de sobrevivência.
Todos os seres vivos têm em comum uma necessidade maior e prioritária: resolver o problema de encontrar a forma mais prática, duradoura, garantida e/ou menos arriscada de sobreviver. Temos a necessidade de alimentos para saciar a nossa fome; de água para a sede; dormir para descansar o organismo e nos reproduzir por meio da atividade sexual e assim perpetuar a espécie.
Se pensarmos por esse prisma, fica então a pergunta: Mas o que então nos diferencia dos outros animais? Segundo Aristóteles, é a racionalidade. Nós somos capazes de pensar, usar a razão, planejar nossas ações e de realizar escolhas e julgá-las, determinando seu valor.
Agimos acreditando que estamos fazendo o bem e, mesmo quando julgamos mal nossas ações, o critério básico para qualquer julgamento é sempre estabelecido pelo bem.
Os seres humanos, portanto, identificam-se como tais pelas distinções que são capazes de estabelecer com os outros animais e, consequentemente, se diferenciam de todos os demais seres vivos, pois definem-se pela capacidade de pensar, falar, trabalhar e amar. Somos dotados de sentimentos, de afeto, de memória, sofremos e temos consciência de tudo isso, diferente de qualquer outro animal.
Quando Aristóteles pensou filosoficamente sobre o homem e procurou fazer suas análises sobre esse ‘animal que pensa’, diferente de todos os outros e portanto humano, identificou três coisas que controlam sua ação: a sensação, a razão e o desejo.
A primeira, a sensação, não é princípio para julgar a ação, pois também os outros animais possuem sensação, mas não participam da ação. Já a ação é o movimento deliberativo, isto é, a origem da ação é a escolha. Portanto, pode-se afirmar também que os homens diferem dos demais animais porque são capazes de realizar escolhas. Quanto ao desejo, através da razão, desejamos e racionalmente efetuamos escolhas. Para Aristóteles, então o desejo é a força que impulsiona todas as nossas ações que através da razão, ou guiado por ela, conduzimos os nossos desejos ao encontro de seu objetivo.

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